quinta-feira, 27 de março de 2014

Insuficiência Cardíaca Congestiva

Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é uma síndrome associada a um conjunto de sinais clínicos presentes no paciente decorrente da disfunção/doença do sistema cardiovascular.
Tais disfunções podem ocorrer de diversas formas como a cardiomiopatia dilatada que é o aumento do coração, a disfunção das valvas que separam as câmaras cardíacas chamada de estenose, a diminuição da contração do musculo cardíaco ou o aumento da espessura da parede muscular como na cardiomiopatia hipertrófica. Essas doenças fazem com que o sangue que retorna ao coração seja bombeado para o corpo sem velocidade compatível com as demandas metabólicas.
Assim quando há ICC o coração tenta juntamente com outros órgãos do sistema compensar a falha cardíaca, desse modo ao longo do tempo essa compensação levará a alterações funcionais e estruturais no próprio coração.
            Os principais sinais que mostram que há algo errado com o coração são: intolerância a exercícios, tosse, engasgos, síncopes, emagrecimento, abdômen abaulado, entre outros. Quando notados em cães e gatos o proprietário precisa consultar um médico veterinário.
            Vamos conversar sobre várias cardiopatias que levam a ICC. A primeira, que tem maior incidência em cães idosos de grande porte, é a chamada cardiomiopatia dilatada. É uma doença que atinge o musculo cardíaco chamado de miocárdio, causa uma diminuição na contração cardíaca, assim o sangue não é bombeado para o corpo de forma satisfatória.
 Fraqueza, apatia, ofegância, perda de peso, abdômen abaulado, desmaio, tosse e engasgos são os sinais mais comuns da doença, porém pode progredir de forma silenciosa, ou seja, o paciente pode não apresentar sinais clínicos por anos, por esse motivo muitos cães apresentam morte súbita.
O médico veterinário realizará exames para detectar a presença da cardiomiopatia dilatada. São eles: o exame físico, radiografia torácica, eletrocardiografia e ecocardiograma. Assim haverá a confirmação do diagnóstico e a instituição do tratamento.
O tratamento depende do paciente e da progressão da doença, porém o proprietário deve estar ciente de que pacientes cardiopatas precisarão de tratamento pelo resto da vida. Medicamentos diários, que devem ser administrados até duas a três vezes ao dia, alimentação adequada com baixo teor de sódio, exercícios de forma moderada e acompanhamento médico constante garantirão qualidade de vida e longevidade para seu amigo.

A Palma Pereira conta com médicos veterinários qualificados, aparelho de radiografia para melhor atender os pacientes, portanto se seu animal apresentar algum desses sinais clínicos ou for um cão de grande porte idoso venha nos visitar para podermos examinar e garantir que seu amigo tenha o tratamento e apoio adequados.
Boxer- Raça predisposta a cardiomiopatia dilatada

segunda-feira, 10 de março de 2014

Cardiopatias em cães e gatos

Assim como em humanos os animais de estimação também podem apresentar doenças relacionadas ao coração, são as chamadas cardiopatias. 
O coração é formado por músculos, sua principal função é bombear o sangue para todo o corpo assim distribuindo oxigênio, nutrientes e mantendo a temperatura corporal.
            O coração dos mamíferos como humanos, cães e gatos possui a mesma anatomia, ou seja, é dividido em quatro câmaras separadas por valvas e possui vasos como as artérias que levam o sangue do coração ao corpo e as veias que trazem o sangue de volta ao coração.
            Como qualquer órgão o coração pode apresentar falhas que podem ser congênitas ou adquiridas que causarão consequências ao corpo pela disfunção do fluxo de sangue. As doenças congênitas ocorrem essencialmente por um defeito na formação embrionária do sistema cardiocirculatório. As cardiopatias adquiridas consistem nas doenças que surgem após o nascimento do indivíduo, geralmente com o avanço da idade.
            Os sinais que indicam que se há algum tipo de desordem cardíaca muitas vezes são inespecíficos, porem quando aparecem devem ser investigados. Seu animal de estimação apresenta algum desses?

            Tosse seca ou engasgos;
            Extremidades como patas e orelhas frias;
            Mucosas da boca azuladas ou esbranquiçadas;
            Síncopes ou desmaios;
            Intolerância a exercícios;
            Emagrecimento;
            Aumento do volume abdominal;
              Dificuldade para respirar.
         
Se você já observou algum desses sinais deve procurar um médico veterinário, ele realizará exames específicos como radiografia, eletrocardiografia e ecocardiograma. Esses exames ajudarão a diagnosticar problemas cardíacos, e se necessário um tratamento será instituído. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor será o resultado do tratamento.

Lembrando que se há doença cardíaca o tratamento será realizado pelo resto da vida do animal, sempre com acompanhamento médico, dieta correta e medicamentos diários. Tudo para que seu melhor amigo tenha qualidade de vida para fazer seus dias muito mais felizes. 
M.V. Thaysa Fon Sttret
CRMV-SC 6049

domingo, 3 de março de 2013

PSEUDOGESTAÇÃO CANINA


                  

A Pseudogestação ou gestação psicológica é uma síndrome observada em cadelas não gestantes seis a catorze semanas após o cio, que demonstram comportamentos e sinais físicos semelhantes a fêmeas gestantes e em lactação.

Ao contrário do que se imagina, a pseudogestação não ocorre do desejo que a fêmea tem em ser mãe e sim por alterações hormonais consequentes do ciclo estral. Teoricamente todas as cadelas passam por este processo após um cio sem acasalar, mas ainda não se sabe o porquê algumas fêmeas (50 a 70% aproximadamente) apresentam as manifestações clínicas. Aumento das mamas, produção de leite, comportamento de fazer ninho, cuidar da cria (adotando brinquedos ou outros objetos) e agressividade são sinais comuns em cadelas com pseudogestação e permanecem cerca de 2 a 3 semanas, se não tratado.

A castração (ovariohisterectomia) é recomendada para todas as cadelas de companhia que apresentem pseudogestação, pois sabe-se que as manifestações aparecerão após o período de cio e que as alterações mamárias decorrentes deste processo predispõem a tumores de mama.

Converse com seu médico veterinário de confiança para avaliar qual o tratamento mais adequando para seu animal de estimação.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Sarna em coelhos

SARNA EM COELHOS

A cada ano cresce o número de pessoas que passam a ter um coelho como animal de companhia, e é fácil entender o motivo. O coelho é um animal muito dócil, não faz barulho, é inteligente e costuma ser bastante higiênico, aprendendo facilmente a utilizar uma caixa de areia ou a gaiola aberta para fazer suas necessidades, como um gato. Adora um gramado, mas se adapta muito bem em apartamento.
Como todo animal, também pode ficar doente, e a acaríase auricular, ou sarna de orelha é uma delas. Sarna é o nome popular para a infestação do animal hospedeiro por ácaros que vivem e se alimentam de sua pele e secreções. No caso da sarna de orelha dos coelhos o ácaro causador é chamado de Psoroptes cuniculi.
A transmissão se faz por contato direto entre um coelho infestado e outro sadio, contato com a descamação ou crostas provocadas pela doença, ou até mesmo pelo contato com objetos ou ambiente contaminados. Alguns ácaros podem sobreviver por mais de uma semana fora do animal hospedeiro, e cada fêmea pode colocar cerca de 90 ovos durante sua vida de 21 dias em média.
Em casos de pequena infestação o coelho afetado pode apresentar pouca secreção ou mesmo não apresentar sintomas. Os fatores que predispõem ao aparecimento das infestações são baixa higiene do local onde vive o coelho, animais debilitados ou doentes e animais jovens.
         Balançar de cabeça, coçar as orelhas com as patas e presença de crostas no interior do pavilhão auricular podem ser sinais de sarna de orelha, tendo a necessidade de consulta com o médico veterinário para correta avaliação e tratamento. O diagnóstico é concluído após observação do ácaro em microscópio ou visualização com otoscópio, e o tratamento do animal é feito com medicações calculadas com base no peso de cada paciente. Coelhos são extremamente susceptíveis a intoxicações, portanto deve-se ter um cuidado especial para evita-las. O ambiente onde o coelho vive também deve ser tratado com produtos apropriados ou até mesmo com vassoura de fogo (espécie de botijão de gás com mangueira especial para aplicar fogo concentrado no local) sob supervisão de pessoa habilitada. A infestação pode ser muito difícil de ser eliminada do local, sendo que na grande maioria dos casos o controle deverá ser permanente, a fim de evitar recorrência.

Coelho com infestação por Psoroptes cuniculi crônica. Observe as crostas no interior da orelha e lesões ao redor do olho, nariz, mãos e pés. Foto: acervo do autor.

   

domingo, 20 de maio de 2012

SAÚDE ORAL


Saúde oral

Definitivamente a saúde começa pela boca. Qual a lógica dessa afirmação? Para que qualquer animal que possua dentes possa se alimentar corretamente, ele precisa apreender e mastigar o alimento antes de engolir para iniciar a digestão. Se houver alguma lesão em algum dente, gengiva, ou língua, esse processo ficará prejudicado.  

Um dos principais problemas orais que acometem os cães e gatos é o acúmulo de placa bacteriana (tártaro). Ele começa como manchas escurecidas na superfície dentária e com um odor desagradável. Após essa fase a gengiva inflama, podendo sangrar e retrair, expondo até a raiz do dente. As bactérias que se encontram na placa penetram pelos vasos sanguíneos da gengiva e se espalham para outros locais do corpo, como válvulas do coração, pulmões, fígado, rins e cérebro. Toda a estrutura que segura o dente também é destruída, ocasionado o amolecimento deste, com posterior perda de sua função e até a queda. Devido à dor que sentem,  alguns animais passam a comer menos ou apresentar o paladar seletivo, só comendo alimentos mais macios ou menores. Ficam menos ativos e magros, fora quando a família começa a evitá-lo por perto devido ao seu mau hálito.

Assim como nós, a maneira mais eficiente de evitar o acúmulo de placa bacteriana e todas as suas complicações é através da escovação frequente, mas infelizmente nem sempre isso é possível. Uma vez a placa bacteriana já instalada a escovação já não basta para removê-la, somente como uso de instrumentos específicos, manipulados por um profissional. Para a correta e completa realização do procedimento, invariavelmente o paciente deve estar anestesiado, o que hoje em dia com o uso rotineiro da anestesia inalatória já não representa um empecilho. Quanto mais cedo a doença é diagnosticada e tratada, melhor será a sua recuperação.  


domingo, 22 de abril de 2012

A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA SAÚDE ANIMAL


    Todos nós já ouvimos que a boa saúde começa com uma boa alimentação, e isso se aplica também aos animais. E cada espécie possui necessidades alimentares próprias. Devemos entender que uma boa alimentação se traduz em balanceamento de nutrientes, e não em quantidade excessiva de alimentos.
    Hoje em dia é cada vez mais rara a ocorrência de problemas nutricionais em cães e gatos devido à utilização de rações balanceadas de boa qualidade. A doença nutricional mais comumente observada nessas espécies é a obesidade, com tantos prejuízos à saúde do animal como na obesidade humana.
    Quando falamos de animais silvestres ou exóticos, como aves, répteis e roedores, por exemplo, o problema é muito mais grave e comum de ser encontrado. Além da falta de informação sobre a correta alimentação de cada espécie, há itens que não deveriam ser fornecidos, como café, leite, bolachas e batata frita no caso do papagaio. Sabemos que mais cedo ou mais tarde uma alimentação não balanceada ou de má qualidade resultará em problemas de pelagem, respiratórios, digestórios e baixa imunidade.
    Por todos os motivos citados é de extrema importância procurar informações com um profissional especializado para tirar suas dúvidas sobre alimentação e promover saúde e bem estar ao seu animal de estimação.


                                       Mistura de sementes inadequada para Papagaio,
                                       com excesso de girassol e amendoim, e umidade
                                       aumentada pela maçã.